quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Alvaiade em 78 rpm


Oswaldo dos Santos nasceu na Estrada do Portela, no bairro de Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio de Janeiro. Ficou órfão ao cinco anos. Começou a trabalhar como tipógrafo aos 13 anos. O apelido Alvaiade lhe foi dado por companheiros de futebol, atividade a que esteve ligado durante muito tempo, inclusive jogando pelo time da Portela. Atuou também na Associação Atlética Portuguesa. Em 1926 compôs seu primeiro choro, "O que vier eu traço", em parceria com Zé Maria, gravado posteriormente por Ademilde Fonseca. Naquela época, revelou suas qualidades de sambista e de orador habilidoso, sendo designado, na ausência de Paulo da Portela, a receber os convidados ilustres ou a representar a escola nas visitas a outros redutos. Inicialmente, apresentava-se acompanhando outros compositores, tocando cavaquinho de centro. Mais tarde, passou a compor para a escola. Um dos fundadores da UBC (União Brasileira de Compositores), tocava diversos instrumentos de percussão e cavaquinho. Em 1928, Paulo da Portela o convidou a integrar a Escola de Samba Vai Como Pode, que mais tarde se chamaria Portela. Integrou a Ala de Compositores da Portela. Em 1942, em parceria com Bibi, seu samba-enredo "A vida do samba" classificou a escola em 1º lugar. No ano seguinte, em parceria com Nílson, compôs o samba-enredo "Brasil, terra da liberdade", com o qual a Portela venceu o desfile daquele ano. No ano de 1947, outra vez a Portela foi campeã com um samba de sua autoria, "Honra ao mérito" (c/ Ventura). Participou de vários espetáculos no teatro Opinião do Rio de Janeiro na década de 1960, sempre tocando cavaquinho e cantando suas composições. Foi o responsável pelo lançamento de diversos compositores, entre eles Manacéia, Walter Rosa, Candeia e Chico Santana. Desempenhava na escola de samba da Portela diversas funções, inclusive administrativas. Faleceu em 1981. Entre suas músicas mais conhecidas, destacam-se "Marinheiro de primeira viagem", lançada pela dupla Zé e Zilda, e gravada também por Jorge Veiga em 1961, "Embrulho que eu carrego" e "Banco de réu", as duas em parceria com Djalma Mafra. FONTE

1 - O coração ordena (Alvaiade - Paquito) - Samba de 1938 - canta: J. B. de Carvalho
2 - Eu chorei (Alcides Lopes - Alvaiade) - Samba de 1939 - canta: Irmãos Tapajós
3 - É mato (Alvaiade - Wilson Batista) - Batucada de 1941 - canta: Odete Amaral
4- De sol a sol (Alvaiade - Ari Monteiro) - Samba de 1941 - canta: Linda Batista
5 - Vem amor (Alvaiade - Wilson Batista) - Marcha de 1941 - canta: Odete Amaral
6 - Deus me ajude (Alvaiade - Estanislau Silva - H. de Carvalho) - Samba de 1942 - canta: Ataulfo Alves
7 - Você quis (Alvaiade - Nicola Bruno) - Samba de 1942 - canta: Odete Amaral
8 - Eta Rio (Alvaiade - Nicola Bruno - A. F. Silva) - Samba de 1943 - canta: Odete Amaral
9 - Pensando no futuro (Alvaiade - Djalma Mafra) - Samba de 1944 - canta: Ciro Monteiro
10 - Brasil (Alvaiade - Nilson Gonçalves) - Alujá de 1944 - canta: Ataulfo Alves
11 - A saudade me devora (Alvaiade - Djalma Mafra) - Samba de 1945 - canta: Ciro Monteiro
12 - Aliança de casada (Alvaiade - Alberto Maia) - Samba de 1946 - canta: Ciro Monteiro
13 - Meu trabalho (Alvaiade - Alberto Maia) - Samba de 1947 - canta: Ciro Monteiro

14 - Banco de réu (Alvaiade - Djalma Mafra) - Samba de 1949 - canta: Ataulfo Alves
15 - Eu ainda sou eu (Alvaiade) - Samba de 1952 - canta: Risadinha
16 - Brigas de amor (Alvaiade - Djalma Mafra) - Samba de 1956 - canta: Flora Matos



Esse é mais um post original do blog Coisa da Antiga!


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