domingo, 31 de maio de 2009

Skowa e a Máfia - La Famiglia (1989)




Esse pessoal liderado pelo professor Skowa faz um som bem funkeado, mas inserido na estética oitentista, trazendo um pouco de hip-hop. Têm uma sonoridade bem apurada ao seu estilo. Suas letras falam bastante do ambiente urbano. Vale a pena conhecer.




Skowa - voz e guitarra
Bukasa Kabengele - voz
Chê Leal - voz
Kiki Vassimon - baixo
Tonho Penhasco - guitarra
Tuba - guitarra
Rogério Rochlitz - teclado
James Muller - bateria
Fernando Bastos - saxofone
Liege Rava - saxofone
Monica Doria - trompete

domingo, 24 de maio de 2009

Creation Rebel - Close Encounters Of The Third World (1978)

O disco traz reggae de primeira numa bela construção musical. Gravado e produzido entre Londres e Kingston, traz Prince Jammy envolvido nos trabalhos de mixagem. Todo o trabalho vem cheio de peso, explorando efeitos e sonoridades novas, dando ao trabalho uma cara própria repleta de características únicas e peculiares. Não deixe de baixar e se deliciar!

1. Know Yourself
2. Conspiring
3. Beware
4. Dangerous And Deadly
5. Shouldn't Do It
6. Creation Fever
7. Natty Conscience Free
8. Joyful Noise

Creation Rebel:
Crucial Tony - Guitarra
Lizard - Baixo
Style Scott - Bateria
Fat Man - Orgão
Mr. Magoo - Percussão
Mr. Pablo - Melódica

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Edu Lobo & Chico Buarque - O Grande Circo Místico (1983)


O disco de 83 era antes um projeto para um espetáculo de música, dança, teatro e artes circences. O projeto foi um sucesso e a trilha sonora fantástica unindo dois nomes grandiosos da nossa música é certamente um dos melhores trabalhos de Chico e Edu Lobo. A gravação do disco contou com parcerias monumentais com artistas como Milton Nascimento, Gal Costa, Gilberto Gil, Zizi Possi e Tim Maia. Aqui, na minha opinião, está a melhor gravação que Tim Maia já fez, com uma expressividade imensa numa música que cai como uma luva em sua voz. Acho um gênio o responsável pela escolha dele para a gravação de "A bela e a Fera", fora o arranjo impecável dessa música sublime. Toda a parte instrumental do disco é demais, a abertura é demais, e a faixa "Tatuador" é uma das minhas composições prediletas. Vale a pena conhecer, não se arrependerá.


1. Abertura do circo
2. Beatriz (com Milton Nascimento)
3. Valsa dos clowns (com Jane Duboc)
4. Opereta do casamento
5. A história de Lily Braun (com Gal Costa)
6. Oremus
7. Meu namorado (com Simone)
8. Ciranda da bailarina
9. Sobre todas as coisas (com Gilberto Gil)
10. O tatuador
11. A bela e a fera (com Tim Maia)
12. O circo místico (com Zizi Possi)
13. Na carreira

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Moacir Santos - Choros & Alegria (2005)

O disco reúne grandes músicos entre eles Nailor Proveta, Cristóvão Bastos, o próprio Moacir e inclusive Wynton Marsalis. Aqui, composições de Moacir recebem merecido destaque e tocadas de forma magnífica evidenciam o alto nível das composições e arranjos desse grande mestre.
1. Agora Eu Sei
2. Outra Coisa
3. Paraíso
4. Vaidoso
5. Flores
6. Saudade de Jacques
7. Cleonix
8. Ricaom
9. De Bahia ao Ceará
10. Excerto No. 1
11. Os Lemurianos (Pâtâla)
12. Rota Infinito
13. Samba Di Amante
14. Carrossel
15. Felipe

domingo, 17 de maio de 2009

Mundo Livre S/A - Por Pouco (2000)

Depois de "Carnaval na Obra", que provava um aprimoramento em várias esferas musicais deste grupo pernambucano, o álbum "Por Pouco", o quarto lançado ao longo da trajetória da banda, traz algumas inovações. Sem dúvida soa mais pop, principalmente nas faixas "Mexe Mexe" (feita por Jorge Ben especialmente para ser interpretada pelo Mundo Livre), "Melô das Musas" (Nova canção que funde duas faixas do primeiro álbum, "Musa da Ilha Grande" e "Uma Mulher Com W Maiúsculo"), "Meu Esquema" e outras faixas discorrendo sobre as mulheres e seus encantos.
Não deixa de haver, contudo, espaço para a postura crítica que sempre esteve associada ao Mundo Livre S/A, seja de forma mais direta e ácida ("Concorra a Um Carro"), com sarcasmo ("Super Homem Plus", "Lourinha Americana") ou na forma de um texto impressionantemente afiado ("Batedores"). Somam-se à mistura alguns toques de lirismo, melodias deliciosas e ritmos envolventes e dançantes. Isso é Mundo Livre S/A em grande forma!
A equipe traz ainda grandes participações, como o percussionista James Muller em "Mexe Mexe" e "Melô das Musas", a percussionista Simone Soul em "O Mistério do Samba", o contrabaixo do mexicano Joey Altruda em "Meu Esquema", o trombonista Bocato em "O Mistério do Samba", "Melô das Musas", "Treme Treme" e "Minha Galera", de Manu Chao, com direito a solo e tudo. Esta versão conta ainda com as participações indomáveis de Jorge du Peixe, Comadre Fulorzinha e Otto no coro e o grupo Mestre Ambrósio descendo a percussão do Maracatu de Baque Solto, resultando numa faixa impressionante dedicada ao não menos fantástico cidadão do mundo Manu Chao.
O fechamento do disco fica por conta de uma versão tranquila, pop-moderna e adocicada de "Garota de Ipanema". Disco de alta qualidade, mostrando mais um perfil do Mundo Livre S/A e garantindo uma vez mais satisfação absoluta!

1. O Mistério do Samba
2. Concorra a um Carro
3. Por Pouco
4. Mexe Mexe
5. Melô das Musas
6. Treme-Treme
7. Meu Esquema
8. Super Homem Plus
9. Ligação Direta
10. Lourinha Americana
11. 6:30, um Abraço!
12. Batedores (Resistindo ao Arrastão Global)
13. Minha Galera
14. Garota de Ipanema

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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Guinga - Cheio de Dedos (1996)


Com composições de rara inspiração, o violonista carioca traz músicas geniais aliadas a fantásticos arranjos e uma interpretação virtuosística. Guinga, nascido em 50 é um dos grandes compositores da MPB, e sem dúvidas um dos mais talentosos violonistas brasileiros. Nesse trabalho traz composições instrumentais e canções com parcerias significativas como, por exemplo, com Chico Buarque e Ed Motta. Aqui ele toca também com o grupo Nó em Pingo D'água. Uma parceria muito interessante que ele traz aqui está na faixa Me Gusta A Lagosta, com o pianista espanhol Chano Dominguez, cordas de Diapasón e percussão de José Eladio Amat. Esta música traz uma linguagem bem latina mesclada com o estilo de Guinga. Uma obra e tanto de um brasileiro genial.

1. Cheio de dedos
2. Dá o pé, Loro
3. Impressionados
4. Inventando moda
5. Nó na garganta
6. Me gusta a lagosta
7. Picotado
8. Aria de opereta
9. Divagar, quase pairando
10. Rio de exageros
11. Blanchiana
12. Desconcertante
13. Por trás de Brás de Pina
14. Sinuoso
15. Cheio e dedos


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Nação Zumbi - Fome de Tudo (2007)

O mais recente disco da banda pernambucana conclui a trilogia iniciada com o álbum Futura. Se este trazia uma espécie de psicodelia preto e branco e seu sucessor, "Nação Zumbi", apresentava um aspecto brutalmente cru como o barro e o tom de sépia que criava a atmosfera (e a capa) do disco, "Fome de Tudo" explode colorido numa bela capa, idealizada como todas as outras por Jorge duPeixe (Pixel 3000) e Valentina Trajano, e em canções absolutamente temperadas das mais variadas possibilidades, engrossadas num caldo que se marca e destaca pela maestria com que são implementadas as misturas.
Feito para ser escutado em qualquer ordem, suas faixas são marcantes, cada uma com suas singularidades. A primeira faixa traz habituais características da banda, num groove levado pela levada constante da bateria de Pupillo, um riff marcante da guitarra de Lucio e letra que trafega entre o dúbio, intertextualidades, referências e múltiplas possibilidades de interpretação. O negócio vai aumentando de tamanho conforme seguimos por outras canções marcantes, como a ritmia desenfreada e em tempo menos convencional de "Carnaval", a atmosfera misteriosa e musicalmente simples embalada com o apoio da doce voz de Céu em "Inferno", o samba cheio de lama do mangue com direito a naipe pesado de metais que se apresenta em "Nascedouro", o peso intenso do lado mais rock/metal da Nação na faixa-título "Fome de Tudo", a beleza do sentimento dividido com a participação vocal de Junio Barreto em "Toda Surdez Será Castigada" e o desfecho grandioso com "No Olimpo", ao qual qualquer tentativa de comentário seria em vão se comparada às capacidades ilimitadas da canção.
A equipe da Nação vem altamente equipada, com o apoio ainda de nomes de incalculável responsa, como a produção associada com Mario Caldato Jr., a participação da clavineta de Money Mark Nishita (Beastie Boys), dedos de Buguinha Dub, Daniel Bózio, as vozes d Céu e Junio Barreto, o trumpete de Guizado, as teclas de Marcelo Jeneci, a percussão do camarada Gustavo Da Lua, além da Orquestra Popular do Recife e o maestro Ademir Araújo, que assina o arranjo de metais em "Nascedouro" junto a Ivan do Espírito Santo.
Não deixe de baixar esta obra-prima de música brasileira de ponta!

1. Bossa Nostra
2. Infeste
3. Carnaval
4. Inferno
5. Nascedouro
6. Onde Tenho Que Ir
7. Assustado
8. Fome de Tudo
9. Toda Surdez Será Castigada
10. A Culpa
11. Originais do Sonho
12. No Olimpo

Nação Zumbi:
Dengue - Baixo
Gilmar Bola 8 - Tambor e percussão
Jorge Du Peixe - Voz, sampler e percussão
Lúcio Maia - Guitarras, microkorg, cítara, violão e programações
Pupillo - Bateria, programações, tambor e percussão
Toca Ogan - Percussão e voz

Leia também a resenha de Fred Zeroquatro em http://nacaozumbi.com.br/

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Exploding Star Orchestra with Bill Dixon


Explonding Star Orchestra é um projeto montado e dirigido pelo trompetista Rob Mazurek, conhecido aqui no Brasil pelo grupo SP Underground, em conjunto com integrantes do Hurtmold e por acompanhar Marcelo Camelo na sua empreitada solo.

Formada por por quinze músicos de Chicago (inegrantes de bandas como The Eternals, Tortoise, Isotope 127, Vandermark 5 e outras), o grupo faz free jazz de altíssima qualidade com direito a discursos a la Sun Ra e participação de Bill Dixon, trompetista do Art Ensembles of Chicago.

A orquestra passou pelo Brasil final de semana passado (8 e 9 de maio) e fez uma barulheira no SESC Vila Mariana com três integrantes a menos substituidos pelo mestre Roscoe (Art Ensemble), Maurício Takara e Guilherme Granado (ambos do Hurtmold). Esse disco é o último mas vale procurar os outros dois anteriores.

sábado, 9 de maio de 2009

Bocato Group - Acid Samba (2001)

Acid Samba traz os soms de projeto solo do bocato, não como trombonista de uma outra banda, o que bocato mais faz e muito bem. Bocato vem acompanhado de um trompete.. arranjos fortes de metais encima de bases grooveadas de baixo e bateria.

1. Living in Jaçanã
2. Ilha Bela
3. Lili’s Groove
4. Bananeira
5. Lausanne
6. Acid Samba
7. Maybe Sometimes
8. We Want Samba
9. Kizumba
10. Ilha Bela (Remix)
11. Betinho

Bocato: Trombone,
Cláudio Faria: Trompete,
Marco Xabu: Percussão,
Marquinho Costa: Bateria,
Renato Bordon: Baixo Elétrico,
Sérgio Boré: Percussão,
Tiago Costa: Teclados

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Beirut - The Flying Club Cup (2007)

Segundo e último álbum lançado do Beirut, banda estadunidense que soma elementos da música do Leste Europeu, influências folclóricas e multi-culturais, somando num resultado com algumas pitadas de rock e world. A experiência é menos intensa que a realizada por algumas bandas consagradas por este tipo de fusão (como Balkan Beat Box e Gogol Bordello), mas não deixa de ser interessante e soar bem aos ouvidos.

1. A Call To Arms
2. Nantes
3. A Sunday Smile
4. Guyamas Sonora
5. La Banlieue
6. Cliquot
7. The Penalty
8. Forks And Knives (La Fête)
9. In The Mausoleum
10. Un Dernier Verre (Pour La Route)
11. Cherbourg
12. St. Apollonia
13. The Flying Club Cup

Músicos:
Zach Condon - Voz, ukulele, trompa, trumpete
Owen Pallett - Violino, órgão, voz
Jon Natchez - Clarinete, flauta, melódica
Kendrick Strauch - Piano
Perrin Cloutier - Acordeão, contrabaixo, voz
Nick Petree - Percussão, voz
Kristin Ferebee - Backing vocal
Jason Poranski - Guitarra, violão, bandolim
Paul Collins - Bouzoki

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Lee Morgan - Charisma (1966)


Lee Morgan juntou-se com mais 5 músicos e liderou esse sexteto fantástico. Criou temas com as mais diversas sonoridades e arranjos impecáveis. A qualidade desse disco se justifica também na formação desse sexteto que traz nomes como Paul Chambers, Hank Mobley, Higgins, Cedar Walton entre outros. Gosto muito de The Murphy Man, Rainy Night, Sweet Honey Bee e Somethin' Cute. A capa do disco também me chama a atenção. Enfim, achei que talvez o pessoal gostasse.


1. Hey Chico
2. Somethin' Cute
3. Rainy Night
4. Sweet Honey Bee
5. The Murphy Man
6. The Double Up
--------------------
Lee Morgan - trompete
Jackie McLean - sax alto
Hank Mobley - sax tenor
Cedar Walton - piano
Paul Chambers - contrabaixo
Billy Higgins - bateria

terça-feira, 5 de maio de 2009

Nação Zumbi - Futura (2005)

Grande álbum do grupo pernambucano, trazendo experimentações sonoras que caracterizam-se firmemente por uma energia que engloba as 12 canções e por elas percorre numa linear sensação de psicodelia em preto e branco, como a capa do disco já indica.
O disco começa a todo vapor com a conhecida "Hoje, Amanhã e Depois", nascida para explodir nas caixas de som à melhor maneira da Nação Zumbi, somando efeitos eletrônicos a uma base marcante, uma letra constante e influências rítmicas das sonoridades de Pernambuco; Passa para "Na Hora De Ir", que entrou para a trilha sonora do filme "Cão Sem Dono", de Beto Brant, carregada de intensa energia sem espaço para declinar o peso da mensagem; "Memorando" universaliza as referências da Nação, como é habitual no trabalho do grupo, aqui seguindo pela exploração de uma cíclica simplicidade na construção de uma elaborada experiência psicodélica-sertaneja; Segue para "A Ilha", poderosa no seu ritmo que lembra a caminhada de um elefante: Lenta e pesada.
E por aí o disco vai, entranhando-se cada vez mais no universo peculiar que soma futurismo, psicodelia, densidade e muito mais, tudo numa atmosfera incolor, resultando num trabalho de qualidades e características ímpares. Ainda soma grandes participações, como as de Fernando Catatau, Mauricio Takara, Kassin e Scotty Hard, que ainda assina a produção do trabalho. Grande disco.

1. Hoje, Amanhã e Depois
2. Na Hora de Ir
3. Memorando
4. A Ilha
5. Respirando
6. Voyager
7. Expresso da Elétrica Avenida
8. Nebulosa
9. Sem Preço
10. Vai Buscar
11. Pode Acreditar
12. Futura

Nação Zumbi:
Jorge DuPeixe - Voz, efeitos e sintetizadores
Dengue - Baixo
Lucio Maia - Guitarra
Toca Ogan - Percussão
Gilmar Bola 8 - Percussão
Pupillo - Bateria e percussão

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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Nação Zumbi - Nação Zumbi (2006)

"[...] Ao contrário dos discos anteriores, todos chapados de forte conceituação, dessa vez a Tropa de Todos os Baques só se valeu de um punhado de canções poderosas e originais ­ na melhor tradição dos grandes discos de soul dos anos sessenta. Tanto é que o trabalho leva apenas o nome da banda."

O trecho da resenha de Rodrigo Brandão, voz do Mamelo Sound System, sintetiza o espírito deste álbum da Nação Zumbi que apresenta com clareza e peso alguns referenciais para a construção da sonoridade do grupo após a morte de Chico Science.As letras são acidamente bem desenvolvidas, duas delas em parcerias: "Propaganda", com Audiolandro (Mamelo) e "O Fogo Anda Comigo", com Roger Man (Bonsucesso Samba Clube, ex-Eddie). Outras figuras externas envolvem-se no projeto, com participações da voz de Nina Miranda e Dona Cila, Fernando Catatau com sua genialidade no manejo das guitarras, DJ Marcelinho e John Medeski, brilhante entidade do groove no órgão.Autêntico, simples e espontâneo, este é um disco que marca sonoramente alguns traços do perfil desta importante banda brasileira.

1. Blunt Of Judah
2. Mormaço
3. Propaganda
4. Amnésia Express
5. Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada
6. Faz Tempo
7. Prato de Flores
8. Know How
9. Ogan di Bele
10. Caldo de Cana
11. O Fogo Anda Comigo
12. Tempo Amarelo

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